A CPLP recebeu 132 candidaturas para ocupar a vaga de diretor-geral da organização lusófona, menos 34% que no último concurso de há seis anos que elegeu a economista cabo-verdiana Georgina de Mello para exercer aquela função no secretariado executivo.
A Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) prevê anunciar em janeiro o nome que irá dirigir a próxima direção geral da organização por um “período de três anos, passível de uma renovação por igual período”.
O jornal É@GORA questionou o Gabinete do Secretariado da CPLP sobre o processo de recrutamento do futuro diretor-geral, que é quem responde pela gestão corrente do Secretariado, pelo planeamento e execução financeira do orçamento do Secretariado Executivo da organização.
Foram “132 candidaturas válidas” contra “cerca de 200” aceites no último concurso realizado há seis anos para preencher o cargo de diretor-geral da CPLP, respondeu por escrito o Gabinete do Secretariado a uma das questões colocadas pelo jornal É@GORA.
Segundo o regulamento do concurso público internacional, o júri – que integra o secretário-executivo e os nove embaixadores da CPLP -, fará a escolha de um dos 132 proponentes, todos cidadãos nacionais dos Estados-Membros da organização.
A nota da CPLP enviada ao jornal É@GORA refere que, após o encerramento da receção de candidaturas “no dia 29 de novembro de 2019”, o resultado do concurso será anunciado “previsivelmente em janeiro de 2020”, altura em que termina o mandato de seis anos de Georgina de Mello.
Um dos principais rostos da imigração cabo-verdiana em Portugal, a economista cabo-verdiana, que assumiu o cargo em fevereiro de 2014, responde pela gestão do Fundo Especial da CPLP, pela preparação, coordenação e orientação das reuniões e pelo acompanhamento de projetos no quadro daquela organização lusófona.
A atual diretora geral do Secretariado Executivo da CPLP tem uma larga experiência nos setores público e privado, em organizações internacionais e ainda em organizações da sociedade civil.
Já trabalhou com projetos de diferentes fundos e agências das Nações Unidas e programas financiados pelo Banco Mundial, quer em Cabo Verde como em Timor-Leste.
Com uma vasta obra científica publicada em forma de artigos em revistas especializadas e em jornais, tanto em Cabo Verde como em Portugal, a académica cabo-verdiana é coautora, com Ana Cristina Lopes Semedo, do “Guia do Exportador para o Mercado da União Europeia”, editado em 2001 pela agência cabo-verdiana de promoção do investimento.
Antes de ser escolhida para diretora-geral, Georgina de Mello exercia as funções de Coordenadora da Unidade Nacional de Implementação do programa Quadro Integrado Reforçado (da Organização Mundial do Comércio), em Cabo Verde. (MM)