2.203 eleitores guineenses em Portugal votam para as presidenciais deste domingo na Guiné-Bissau

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Pelo menos 2.203 eleitores guineenses residentes em Portugal votam para as presidenciais deste domingo na Guiné-Bissau, que vão abrir um novo ciclo político depois de, nos últimos cinco anos, se ter assistido a difícil coabitação entre o atual Presidente guineense, que se recandidata, e dois primeiros-ministros também concorrentes ao cargo de chefe de Estado.

Em declarações ao jornal É@GORA, Duarte Nunes, responsável pelo grupo técnico que supervisiona o ato eleitoral em Portugal, disse que os mais de dois mil eleitores vão exercer o direito de voto em sete mesas instaladas em Lisboa: na embaixada guineense, Tapada das Mercês (Sintra), Amadora, Cascais, Odivelas, Sacavém (Prior Velho), Moita e Vale de Amoreira.

“As mesas de assembleia de votos abrem às 7:00 da manhã, conforme está na lei, e fecha às 17:00. Isso é o caso lá da Guiné-Bissau. Mas na diáspora, concretamente em Portugal, com atraso das Câmaras, que cederam os lugares para a votação, pode haver atraso” na abertura das urnas, disse o membro da Comissão eleitoral em Portugal.

“Mas, as pessoas que entrarem e estiverem já na sala para votar, isto é, se chegarem à hora, podem votar. A pessoa que chegar depois das 17:01 não pode votar. Mas quem estiver já lá dentro é como quem estiver no supermercado que, se chegar a hora de encerrar, (o estabelecimento) fecha, mas quem estiver lá dentro faz as compras”, ilustrou Duarte Nunes, que é igualmente o primeiro secretário da embaixada da Guiné-Bissau.

Além de Portugal, a diáspora guineense em França, Inglaterra, Luxemburgo e Espanha também vota no escrutínio deste domingo, onde será escolhido um entre 12 candidatos no boletim de voto às eleições presidenciais da Guiné-Bissau.

No total são 770 mil os eleitores dentro e fora do país que são chamados às urnas este domingo para escolher o próximo presidente guineense.

Entre os principais concorrentes estão o atual Presidente José Mário Vaz e os dois ex-primeiros ministros: Domingos Simões Pereira e Umaro Sissoco Embaló.

Recentemente, os três concorrentes ao cargo de Presidente da Guiné-Bissau estiveram em Lisboa, numa inédita ação de campanha de apresentação de propostas eleitorais à comunidade guineense residente em Portugal.

Na altura, o candidato à presidência guineense José Mário Vaz apelou os imigrantes a regressarem “sem medo” à Guiné-Bissau, onde, entretanto, Umaro Sissoco Embaló diz os quer ver a contribuir para “a refundação” do Estado, mas Domingos Simões Pereira lembrou que a diáspora é a “grande reserva política, intelectual e económica” daquele país lusófono. (MM)

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