Um prémio inusitado para estudante moçambicano em Portugal: barra de Ouro

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Manuel Matola

A Câmara de Comércio Portugal Moçambique (CCPM) vai atribuir a partir deste ano o “Prémio Joaquim Chissano – Alumni Estudante Moçambicano em Portugal” em reconhecimento de “individualidades moçambicanas que, tendo feito os seus estudos em Portugal, realizam trabalho relevante e se tenham distinguido na área Académica, no Empreendedorismo, na Causa Pública ou de Gestão em Moçambique”.

O vencedor vai receber no dia 20 de abril um prémio inusitado: uma “barra de ouro de 50 gramas com o Grau máximo de pureza do mercado (999.9), referência C-Hafner Fine Gold Bar 50g Minted e certificado pela London Bulliion Market (LBMA), com número de série único, acompanhado por uma placa identificativa do prémio, do ano e nome do homenageado, sendo suportado pela CCPM”.

Segundo uma nota da CCPM, “serão, ainda, entregues réplicas da mesma placa sobre a associação dos alumni à Instituição de Ensino (alma mater) e à Fundação Joaquim Chissano”.

O objetivo da iniciativa “é distinguir individualidades que, em parte ou no todo, tenham feito os seus estudos em instituições de ensino superior em Portugal, e tenham contribuído de forma decisiva e com particular impacto na sociedade moçambicana, quer através de uma abordagem teórica (designadamente, com a introdução de novos conceitos, de novas metodologias ou da contribuição para a modificação de mentalidades), quer por via de uma abordagem prática (designadamente, de modalidades de apoio direto)”, refere a Câmara de Comércio Portugal Moçambique em nota enviada ao jornal É@GORA.

Só os cidadãos de nacionalidade moçambicana “são elegíveis” ao prémio, desde que “tenham frequentado instituições de ensino superior em Portugal, e que se tenham distinguido, em Moçambique, na defesa e na promoção do ideal de uma sociedade inclusiva”.

As candidaturas desta iniciativa que é anual decorreram ao longo do mês de março do corrente ano e, até a passada terça-feira, o Conselho Geral da CCPM esteve a identificar um máximo de seis projetos que serão alvo de votação.

Cada Instituição de Ensino Superior (IES) associada da CCPM pode, anualmente, propor um seu antigo estudante moçambicano (Alumni) que se tenha particularmente distinguido na sua vida académica, e ao qual a CCPM atribuirá uma Menção Honrosa.

De acordo com as regras do concurso, “o processo de voto compreende quatro etapas, com a ponderação de 25% cada. Assim;
a. O Conselho Geral vota, de modo secreto, as propostas finalistas de 1 de abril a 15 de abril;
b. Os sócios empresas e sócios solidários da CCPM, com as quotas em dia votam, de modo digital, nas propostas entre 1 de abril a 15 de abril;
c. A Comissão de Apoio vota, de modo secreto, as propostas finalistas;
d. A Fundação Joaquim Chissano vota, de modo secreto, as propostas finalistas.

O vencedor será anunciado num jantar, em Lisboa, que coincide com a Gala do Prémio Maria das Neves Rebelo de Sousa, no Círculo Eça de Queirós, onde serão convidados os seis candidatos finalistas, podendo, cada um, fazer-se representar por um seu representante.

Joaquim Chissano foi Presidente de Moçambique de 1986 a 2005 e venceu a primeira edição do prémio Mo Ibrahim, destinado a premiar estadistas africanos que se tenham distinguido pela boa governação que realizaram nos seus países. (MM)

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