Manuel Matola
A sequência dos alimentos no prato pode influenciar no emagrecimento, revela um estudo recente da pesquisadora brasileira Lorena Balestra, que contou com a participação do neurocientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu, que testou a eficácia da dieta no cérebro.
Este Estudo do Método 40P/30G/30C da médica nutrologia Lorena Balestra pode se tornar uma nova maneira de fazer dieta.
Ao “começar as refeições com saladas, legumes, verduras e proteínas, deixando os carboidratos por último, pode fazer diferença na perda de peso e na manutenção do peso ideal”, diz a médica nutrologia, uma profissão que não deve ser confundida com nutricionistas.
Um médico nutrólogo é um profissional que pesquisa o impacto dos nutrientes no organismo, dedicando-se ao diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças do comportamento alimentar.
Segundo o método criado pela pesquisadora em emagrecimento saudável, a ordem é um fator muito importante a ser considerado quando pensamos em emagrecimento e nutrição.
“Estudos têm mostrado que essa abordagem pode ter impactos significativos na regulação dos níveis de insulina e na sensação de saciedade durante a refeição”, destaca a especialista em nota enviada ao jornal É@GORA.
A médica Lorena Balestra explica que a ordem está diretamente relacionada à forma como nosso corpo processa e absorve os nutrientes.
“Ao priorizarmos a ingestão de proteínas, legumes e saladas no início da refeição, estamos proporcionando uma digestão mais lenta e equilibrada, o que contribui para evitar os temidos picos de insulina”, ressalta.
E esclarece que esses picos de insulina estão associados ao acúmulo de gordura e ao aumento da sensação de fome num curto espaço de tempo, levando a comer novamente pouco tempo após a refeição.
“Ao optarmos por alimentos que são digeridos mais lentamente, como as proteínas e os vegetais, conseguimos prolongar a sensação de saciedade, o que é fundamental para quem busca controlar o peso”, acrescenta a especialista.
Essa abordagem nutricional, baseada numa sequência estratégica de alimentos, pode ser um aliado poderoso no controle do peso e na manutenção de uma alimentação saudável, assegura.
À medida que a ciência avança, se se compreender melhor como o nosso corpo reage aos alimentos, então “estamos cada vez mais próximos de uma abordagem nutricional mais eficiente e personalizada para atender às necessidades individuais de cada um”, diz Lorena Balestra.
No entanto, os especialistas advertem que “são necessárias” pesquisas adicionais para descobrir mais sobre o assunto.
E assinalam: na eventualidade de optar por uma dieta, “sempre consulte um profissional de saúde qualificado para obter orientações personalizadas e seguras sobre a melhor abordagem nutricional para suas necessidades individuais”, recomendam.
Lorena Balestra é médica pós-graduada em nutrologia e endocrinologia. Em 2013 fez um workshop de biologia molecular na Michigan State University, em Michigan. Pesquisadora no CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito.
Já Fabiano de Abreu é Pós PhD em Neurociências eleito membro da Sigma Xi, membro da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, membro da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA – American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society e Triple Nine Society. Autor de mais de 200 artigos científicos e 15 livros. (MM)