Académico angolano Filipe Zau é o novo Embaixador da Boa Vontade da CPLP

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Docente Filipe Zau

Manuel Matola

O conceituado académico angolano Filipe Zau foi hoje apresentado em Lisboa como novo Embaixador da Boa Vontade da CPLP para um mandato de dois anos, renováveis, por se distinguir como “homem da cultura” na promoção de uma causa ou projetos concretos no seio da Comunidade lusófona.

Um dos cinco novos membros do Conselho da República de Angola, aos 71 anos, o Professor universitário Filipe Zau, que faz parte da direção da Academia Angolana de Letras, foi nomeado para o cargo na CPLP dado o reconhecimento público pelo comportamento cívico e pela defesa de valores essenciais que estão na base desta organização de língua portuguesa.

A apresentação do Especialista em Educação Multicultural e Intercultural, docente, historiador, investigador, autor e músico para Embaixador da Boa Vontade da Língua portuguesa da organização foi feita na sede da CPLP, na capital portuguesa, Lisboa.

Em declarações aos jornalistas, o Secretário Executivo da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Zacarias da Costa, destacou o papel que os Embaixadores de Boa Vontade podem desempenhar na construção da CPLP e enalteceu Filipe Zau enquanto uma personalidade “que esteve na génese e trabalhou na Organização, viu nascer e contribuiu para o seu desenvolvimento” de “uma Comunidade de pessoas” que falam a língua portuguesa.

Filipe Zau agradeceu a nomeação e aproveitou o encontro para partilhar “ideias que visam aproximar os membros da comunidade, não só ao nível dos Estados, também ao nível da sociedade civil”.

FOTO: Getty Images
O Representante Permanente de Angola junto da CPLP, embaixador Carlos Alberto Fonseca, realçou a importância dos Embaixadores de Boa vontade na “projeção” da instituição, “quer no plano internacional”, quer também na “projeção” dos Estados-membros.

Um dos objetivos da CPLP é “ser não só apenas de Estados, mas de povos, cidadãos”, disse Carlos Alberto Fonseca.

Em nota enviada ao jornal É@GORA, a Embaixada de Angola em Portugal, onde o académico Filipe Zau também desempenhou o cargo de Adido de Cultural, assinalou a importância desta “primeira reunião” que serviu “para troca de cumprimentos” entre o Embaixador angolano em Portugal, Carlos Alberto Fonseca, e o novo Secretário-Executivo da organização lusófona, o timorense Zacarias da Costa.

De acordo com o regulamento, os Embaixadores de Boa Vontade da CPLP são designados pela Conferência de Chefes de Estado e de Governo, pelo Conselho de Ministros, ou pelo Comité de Concertação Permanente ad referendum do Conselho de Ministros, entre personalidades que se notabilizaram nos domínios da cultura, desporto, artes, ciência e política e se disponibilizem a contribuir para a defesa e promoção dos objetivos e princípios da Comunidade.

Apesar de não ser remunerado pelas suas funções, um Embaixador de Boa Vontade da CPLP pode receber apoio financeiro do Secretariado Executivo, caso a missão que lhe seja solicitada implique custos específicos; ou seja, Filipe Zau terá “direito de receber tratamento e ajudas de custo iguais aos dos Embaixadores da CPLP” para cobrir encargos com deslocações e representação em missão solicitada pela instituição.

As regras desta comunidade lusófona indicam que um Embaixador de Boa Vontade da CPLP pode participar nas reuniões dos Órgãos da CPLP em que sejam especificamente debatidos os temas que este promova no seu trabalho profissional desde que em consonância com valores essenciais que estão na base da organização de língua portuguesa. (MM)

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