Alcindo Monteiro tinha 27 anos quando há 27 anos foi assassinado. Domingo sai um filme sobre o crime

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Alcindo Monteiro. FOTO: Observador ©

Manuel Matola

O luso-cabo-verdiano Alcindo Monteiro tinha 27 anos quando há exatamente 27 anos foi encontrado sem sentidos na rua Garrett, em frente à montra da loja da Gianni Versace, na zona do Cais do Sodré, em Lisboa. A morte ficou eternamente associada ao maior episódio de racismo em Portugal.

Neste domingo, o crime de que o jovem foi vítima vai ser contado num documentário intitulado “Alcindo” que fala “sobre uma noite longa – uma noite do tamanho de um país”, indica uma nota da organização do evento que tem um caráter solidário: pretende-se mobilizar verbas para cofinanciar a viagem da família Monteiro a Cabo Verde visando promover este documentário no Arquipélago.

A sessão de apresentação do filme contará com a presença Miguel Dores, realizador da película, com quem os presentes terão dois dedos de conversa formal, refere a
Base Organizada da Toca das Artes, nos Anjos -, um espaço com atividade artística multidisciplinar, os promotores do evento, que descrevem o que aconteceu com Alcindo Monteiro em plena capital portuguesa.

“A 10 de Junho de 1995, sob o pretexto múltiplo de celebrar o Dia da Raça e a vitória para a Taça de Portugal do Sporting, um grupo volumoso de etnonacionalistas portugueses sai às ruas do Bairro Alto para espancar pessoas negras que encontra pelo caminho. O resultado oficial foram 11 vítimas, uma delas mortal, cuja trágica morte na Rua Garret atribui o nome ao processo de tribunal – o caso Alcindo Monteiro”, lê-se na página oficial dos organizadores do documentário que lembram que “esquecer não é opção”.

Após a exibição do documentário haverá cachupa (vegetariana) e música ao vivo com os Irmãos Makossa. (MM)

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