Manuel Matola
Cerca de 30 mil imigrantes angolanos que residem oficialmente em Portugal vão poder fazer o registo eleitoral, apenas presencialmente, a partir desta segunda-feira, visando participar nas eleições presidenciais deste ano em Angola, indicou hoje a embaixada de Angola em Portugal.
Em respostas às perguntas colocadas pelo jornal É@GORA, as autoridades diplomáticas angolanas em Portugal confirmaram o arranque do processo de inscrição este segunda-feira “nos consulados de Lisboa e do Porto”, que vai decorrer até março e abrangerá “todos os angolanos oficialmente residentes em Portugal”.
“O registo tem, obrigatoriamente, de ser feito presencialmente”, referiu a embaixada, assinalando que os cidadãos abrangidos devem ser portadores do “Bilhete de Identidade, atualizado ou não, pois de uma maneira ou de outra dá cesso à base central de dados” em Angola.
Em outubro do ano passado, o Presidente de Angola, João Lourenço, disse no discurso à Nação que o governo angolano prevê recensear “aproximadamente 400.000 cidadãos angolanos residentes na diáspora”, a partir de janeiro.
Na ocasião, o chefe de Estado angolano disse o processo de registo dos seus cidadãos iria decorrer quer em Angola quer no exterior do país, onde se abranger cerca de 400.000 cidadãos angolanos residentes na diáspora.
A primeira fase deste registo eleitoral, visando as eleições de 2022, teve início no mês de setembro e decorreu até dezembro último. A segunda fase é que vai arrancar esta segunda-feira e terminar no dia 31 de março de 2022.
Mas a previsão do governo de João Lourenço é de registar no final do processo um total de aproximadamente 12.000.000 de eleitores dentro e fora residentes do país.
Em resposta às questões feitas pelo jornal É@GORA, a embaixada angolana em Portugal frisou que a equipa encarregue deste processo é constituída por elementos do consulado depois de frequentarem uma formação ministrada por uma equipa vinda de Luanda.
“A abertura deste processo conta com a presença do embaixador Carlos Alberto Fonseca e está marcada para as 11 horas” no Consulado-Geral de Angola em Lisboa, localizado na Rua Fradesso da Silveira, Bloco E, junto a Alcântara, seguida de uma conferência de imprensa. (MM)