Detidos quatro imigrantes suspeitos de narcotráfico de 3710 kg de haxixe

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FOTO: Autoridade Marítima Nacional ©

Manuel Matola

Quatro imigrantes suspeitos de narcotráfico – dois de nacionalidade espanhola e outros de nacionalidade marroquina – foram detidos com 106 fardos de haxixe, correspondendo a cerca de 3710 quilogramas, apreendidos a Sul de Portugal, foi hoje anunciado.

Segundo uma nota conjunta hoje divulgada, a Autoridade Marítima Nacional, a Marinha Portuguesa, a Força Aérea Portuguesa, em colaboração com a Polícia Judiciária, desenvolveram na última noite uma operação conjunta em águas internacionais a Sul de Portugal.

A operação conjunta resultou na “apreensão de 106 fardos de haxixe, correspondendo a cerca de 3710 kg, na detenção de quatro indivíduos, do sexo masculino, dois de nacionalidade espanhola e dois de nacionalidade marroquina e na apreensão de uma embarcação de alta velocidade, suspeita de atividade de narcotráfico”, indicam o mesmo comunicado.

Há dias, o comandante José Sousa Luís, porta-voz da Marinha e da AMN, anunciou que, só nos dois primeiros meses de 2023, as autoridades marítimas registaram a apreensão de 16,48 toneladas de estupefacientes, praticamente o mesmo número reportado em todo o ano de 2022 (16,52 toneladas).

Em janeiro e fevereiro, Marinha e AMN realizaram 33 ações de combate ao narcotráfico em toda a costa portuguesa, nalgumas com apoio da Força Aérea e da Polícia Judiciária, face às 58 de 2021 e às 74 de 2022, segundo números citados pela agência Lusa.

FOTO: Autoridade Marítima Nacional ©
Se no ano passado, foram detidas ou identificadas seis pessoas nestas operações de combate ao narcotráfico, realizadas em maioria na costa sul do país, em 2023 esse número já ascende a 23, maioritariamente de nacionalidades espanhola e marroquina.

Quanto ao número de embarcações apreendidas pelas autoridades, foram 15 em todo o ano passado e, para já, em 2023 são 11.

Trata-se de um forte incremento desta atividade criminal, também em comparação com 2021, em que a Marinha e AMN apreenderam 5,1 toneladas de droga e cinco embarcações e registaram três detidos/identificados.

As autoridades marítimas relacionam este aumento de tráfico de droga não só com o reforço de ações de combate, como também com o facto de, em Espanha, ter sido endurecida, em termos legais, a fiscalização às lanchas rápidas utilizadas para este tipo de atividade criminal, pelo que os traficantes têm procurado outras zonas para aceder à costa.

Três lanchas de fiscalização rápida, três lanchas de ação rápida, três veículos autónomos não tripulados, três equipas do pelotão de abordagem, um helicóptero, um navio de patrulha ocêanica, um submarino e uma fragata têm sido alguns dos meios da Marinha envolvidos no combate ao narcotráfico, além de embarcações de alta velocidade da Polícia Marítima e de aeronaves da Força Aérea que detetam atividades suspeitas fora do mar territorial português. (MM e Lusa)

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