Diáspora bissau-guineense e cabo-verdiana discutem separadamente o futuro dos seus imigrantes

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Manuel Matola

A diáspora bissau-guineense e a cabo-verdiana em Lisboa discutem, separadamente, este fim de semana o futuro dos seus imigrantes.

Enquanto a comunidade cabo-verdiana da área metropolitana de Lisboa realiza este sábado um encontro estratégico para apresentação da Plataforma da Diáspora para o Desenvolvimento do Município da Praia, capital de Cabo Verde, os imigrantes Bissau guineenses organizam uma Conferência Internacional da Diáspora (GUIÁSPORA), na capital da Guiné-Bissau.

Além de pretender se posicionar enquanto “ator de desenvolvimento” do país, a diáspora bissau-guineense quer analisar e refletir sobre o papel da diáspora, com foco nas organizações da diáspora, no processo de desenvolvimento sustentável da Guiné-Bissau.

Segundo uma nota da organização da (GUIÁSPORA) enviada ao jornal É@GORA, a ideia é estabelecer um “diálogo estruturado” entre os representantes da diáspora nacional e representantes dos coletivos de cidadãos organizados guineenses.

“Devido à sua rede de contactos, ao seu capital financeiro, e aos seus conhecimentos técnicos, as organizações da diáspora são essenciais para o desenvolvimento do país mostrando a importância deste encontro”, lê-se na nota sobre “uma Conferência que irá contar com a participação ativa das entidades políticas nacionais e internacionais, bem como dos representantes da diáspora nacional e representantes dos coletivos de cidadãos organizados guineenses, num diálogo estruturado”.

O evento da comunidade cabo-verdiana agendado para este sábado em Almada, no Centro Cultural Fernão Mendes Pinto, contará com a presença de um representante do presidente do município da Praia.

Já na capital guineense, a Conferência Internacional da Diáspora guineense que arrancou esta sexta-feira vai debater o papel da diáspora bissau-guineense e das suas organizações distribuídas por todo o mundo, bem como o seu contributo para o desenvolvimento de uma Guiné-Bissau cada vez mais sustentável, estável e economicamente próspera.

Durante o evento serão apresentados resultados do Estudo de Mapeamento das Organizações da Sociedade Civil da Diáspora Bissau-Guineense, realizado pela Ação Ianda Guiné! Djuntu, com a apresentação das organizações da diáspora que contribuíram para o desenvolvimento da Guiné-Bissau entre 2016 e 2021, far-se-á análise das contribuições e recomendações para ações mais concertadas.

Numa conferência que contará com a presença dos representantes da União Europeia e das Nações Unidas na Guiné Bissau, o evento da diáspora bissau guineense vai debater ainda outros dois temas: O papel que as políticas públicas e governamentais podem desempenhar na integração da diáspora, tanto nos países de acolhimento, como na Guiné-Bissau, bem como a importância de identificar as ferramentas de apoio à disposição da diáspora.

A comunidade imigrante de Cabo Verde e a da Guiné-Bissau representam as duas maiores nacionalidades lusófonas africanas residentes em Portugal. (MM)

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