Diplomata são-tomense Armindo Brito Fernandes será novo diretor-geral da CPLP

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O diplomata Armindo Brito Fernandes, 58 anos, é licenciado em Direito

O diplomata são-tomense Armindo Brito Fernandes será, a partir de fevereiro, o novo diretor-geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), devendo substituir no cargo a economista cabo-verdiana Georgina de Mello, anunciou a embaixada de São Tomé e Príncipe em Portugal.

Em comunicado divulgado na sua página oficial na rede social Facebook, a representação são-tomense considera a escolha de Armindo Brito “um ganho da diplomacia são-tomense” que permite ao país estar “representado a um nível de destaque” na organização.

“Louva-se, nessa conquista, o mérito do candidato nacional e, também, o papel do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé e Príncipe e o da Embaixada acreditada em Lisboa”, adianta o comunicado.

A informação da eleição de Armindo Brito Fernandes ainda não foi confirmada pela CPLP.

Recentemente, o jornal É@GORA questionou o Gabinete do Secretariado da CPLP sobre o processo de recrutamento do futuro diretor-geral, que é quem responde pela gestão corrente do Secretariado, pelo planeamento e execução financeira do orçamento do Secretariado Executivo da organização.

Foram “132 candidaturas válidas” contra “cerca de 200” aceites no último concurso realizado há seis anos para preencher o cargo de diretor-geral da CPLP, respondeu por escrito o Gabinete do Secretariado a uma das questões colocadas pelo jornal É@GORA.

A informação disponibilizada pela diplomacia são-tomense destaca o facto de Armindo Brito Fernandes ter sido escolhido por um júri – que integrou o secretário-executivo e os nove embaixadores da CPLP – entre 132 candidatos que disputaram a vaga, num concurso internacional lançado pela no mês de novembro.

Armindo Brito Fernandes irá dirigir a próxima direção geral da organização lusófona por um “período de três anos, passível de uma renovação por igual período”.

De uma primeira avaliação, resultou uma ‘short list’ representativa dos países membros, composta de 10 candidatos: Angola – 1 candidato; Brasil – 1 candidato; Cabo Verde – 1 candidato; Portugal/Cabo Verde (dupla-nacionalidade) – 2 candidatos; Guiné Bissau – 1 candidato; Moçambique – 1 candidato; Portugal – 2 candidatos; São Tomé e Príncipe – 1 candidato.

Depois de entrevistas realizadas aos 10 candidatos, foram selecionados como finalistas o diplomata de São Tomé e Príncipe e um candidato de Moçambique, acabando a escolha por recair sobre Armindo Brito Fernandes, 58 anos, licenciado em Direito com uma especialização em Direito Internacional pela Universidade de Kiev, Ucrânia.

Embaixador do quadro da carreira diplomática de São Tomé e Príncipe, Armindo Brito Fernandes exerce funções de coordenação e gestão no Ministério dos Negócios Estrangeiros, Cooperação e Comunidades de São Tomé e Príncipe desde 2013 com responsabilidades na área do Fundo Europeu de Desenvolvimento.

Anteriormente, exerceu funções de secretário-geral e de diretor de Assuntos Políticos e Económicos Internacionais no mesmo ministério.

Como diplomata, foi embaixador em Angola, encarregado de negócios na Bélgica e chefe da missão diplomática de São Tomé e Príncipe junto da União Europeia. (MM e Lusa)

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