É possível regenerar neurónios? O neurocientista Fabiano de Abreu explica

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O neurocientista luso-brasileiro Fabiano de Abreu revela que o cérebro possui incríveis capacidades de recuperação após lesões cerebrais. Há novas descobertas na Neurociência que estão a desafiar essa crença popular.

O especialista, que pertence aos 0.1% dos mais inteligentes do planeta e é autor de um livro de neuroanatomia dos neurónios e glias, intitulado “Razão da vida: As células do sistema nervoso”, destinado a profissionais da área da saúde que desejam aprofundar seus conhecimentos e a pessoas que tenham interesse sobre o cérebro humano, explica se é possível regenerar neurónios.

É que até agora há quem acreditasse que os neurónios não podiam regenerar-se. Mas descobertas recentes na neurociência estão a desafiar essa convicção e o académico lembra em seis pontos as razões que levam a que estudos revelem que “o cérebro possui incríveis capacidades de recuperação após lesões cerebrais”.

1. Neurogénese: Surpreendentemente, existe a capacidade de gerar novos neurônios em certas áreas do cérebro adulto, como o hipocampo. Segundo Fabiano, a neurogénese desempenha um papel vital na recuperação após danos cerebrais, desafiando a noção de que os neurônios não se regeneram.

2. Plasticidade Cerebral: O cérebro possui uma notável capacidade de se reorganizar, “Neurónios remanescentes têm a habilidade de estabelecer novas conexões, conhecida como plasticidade sináptica, que pode compensar parcialmente a perda de neurónios”, explica o especialista.

Fabiano de Abreu, neurocientista luso-brasileiro
3. Reabilitação: o profissional explica que exercícios de reabilitação são fundamentais para fortalecer as conexões neurais e melhorar as funções cerebrais, “Terapias ocupacionais, fisioterapia e terapia da fala desempenham um papel vital na recuperação”, acrescenta Agrela.

4. Redução do Inchaço: Em alguns casos, a atrofia cerebral está ligada ao inchaço. Reduzir o inchaço pode resultar em melhorias significativas na função cerebral.

5. Estimulação Cerebral: A estimulação cognitiva e física também é um fator importante na recuperação cerebral, “Este método pode promover a restauração das funções cerebrais”, ressalta o neurocientista.

6. Tratamento de Condições Subjacentes: É essencial tratar condições subjacentes que podem contribuir para a atrofia cerebral, como doenças vasculares, desnutrição ou distúrbios neurodegenerativos.

“Embora a recuperação completa nem sempre seja possível após a atrofia cerebral, Fabiano destaca que muitas pessoas relatam melhorias significativas na função cerebral e qualidade de vida por meio de uma combinação de tratamentos médicos, terapias de reabilitação e apoio. Cada caso é único, e o potencial de recuperação varia de pessoa para pessoa”, diz o neurocientista Fabiano de Abreu, que é autor de mais de 220 artigos científicos e 17 livros, membro da Sigma Xi, da Society for Neuroscience nos Estados Unidos, da Royal Society of Biology no Reino Unido e da APA – American Philosophical Association também nos Estados Unidos. Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society, Triple Nine Society, ISI-Society, Numerical e HELLIQ Society High IQ.(X)

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