Economista Armindo de Ceita do Espírito Santo lança novo livro da trilogia “História de São Tomé e Príncipe”

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Armindo de Ceita do Espírito Santo, economista são-tomense

Manuel Matola

O economista são-tomense Armindo de Ceita do Espírito Santo lança hoje o livro “História de São Tomé e Príncipe – De meados do século XIX ao fim do regime colonial (1852-1974) – As plantações, economia, cultura e religião”.

A obra faz parte de uma trilogia História de São Tomé e Príncipe cuja produção de escrita começou há mais de sete anos.

O académico Armindo de Ceita do Espírito Santo é um dos mais respeitados analistas independentes e estudiosos da realidade socioeconómica são-tomense a residir na diáspora.

“Este livro explica as razões que levaram os portugueses a recolonizar as ilhas São Tomé e Príncipe a partir de 1852 e as estratégias que adotaram para institucionalizar a nova ordem colonial no arquipélago”, segundo o epílogo do livro que conta os efeitos desta ação.

“Afastaram os nativos da posse das terras e das instituições e introduziram o modelo de economia da plantação em torno da qual toda a vida económica e social passou a girar, ficando o território dividido entre as populações das grandes plantações e as populações nativas”, lê-se.

Em declarações anteriores ao jornal É@GORA, Armindo de Ceita do Espírito Santo justificou as razões de produção da trilogia com a necessidade de clarificar “os mitos” da História de São Tomé e Príncipe.

“Foi um livro pensado para os estudantes são-tomenses para que percebam e conheçam a História de São Tomé e Príncipe, de maneira a não se perderem e ficarem nos mitos e saibam que há factos que foram abordados por outros e devidamente discutidos. Há factos inilidíveis que explicam a História de São Tomé e Príncipe”, disse no dia em que o jornal É@GORA o entrevistou.

E neste novo livro da trilogia em que aborda também a cultura e religião como elementos centrais modeladores da sociedade e identidade são-tomenses, o autor lembra o que aconteceu durante o período em análise da História daquele arquipélago.

“O trabalho e a terra foram explorados até à exaustão, com maus-tratos e a discriminação racial, e a queda progressiva da produtividade dos solos. A crise de produção surgiu e pôs a nu os limites do modelo de economia da plantação. Ocorreram várias tentativas de contratação forçada da mão-de-obra nativa que geraram muitos conflitos e conduziram ao massacre de ‘Batepá’ de 1953. Este acontecimento fez despertar a consciência dos nacionalistas pela independência do arquipélago, que ocorreu em 12 de julho de 1975”, diz.

O novo livro do economista Armindo de Ceita do Espírito Santo, investigador no CEsA – ISEG UL tem a chancela da Nimba Edições.

A cerimónia do lançamento decorre às 18:00, na sede da UCCLA – União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa. (MM)

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