FBI vai ajudar a recuperar dinheiro roubado de Angola

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Secretário de Estado adjunto dos EUA, John Sullivan.

Os Estados Unidos estão dispostos a colocar o Departamento de Justiça, o FBI e outras instituições a colaborar com o Governo angolano na localização e recuperação do dinheiro e outros activos retirados ilegal e criminalmente do país. A garantia foi dada ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado adjunto dos EUA, John Sullivan.

Secretário de Estado adjunto dos EUA, John Sullivan.

Num encontro com jornalistas, John Sullivan disse que é desejo dos Estados Unidos trazer os corruptos à justiça e recuperar os activos retirados criminosamente de Angola e estejam escondidos nos Estados Unidos ou em outra parte do mundo.

“Temos pessoal treinado, investigadores e promotores que podem ajudar o Governo angolano na recuperação destes activos e devolvê-los aos reais donos, o povo angolano”, disse o diplomata que manifestou “satisfação e entusiasmo” dos Estados Unidos com o compromisso do Presidente João Lourenço no combate à corrupção.

“A luta do Presidente João Lourenço contra a corrupção é importante para restabelecer a confiança dos investidores na economia nacional e na facilitação dos negócios”, afirmou John Sullivan, citando, como exemplo, a colaboração com as autoridades nigerianas, na recuperação de activos desviados ilegalmente para os Estados Unidos e outros países.
Desde sábado em Luanda, John Sullivan teve, ainda ontem, encontros com representantes da sociedade civil, dos direitos humanos e líderes de grupos empresariais. Hoje é recebido pelo Presidente da República, João Lourenço, a quem vai entregar uma mensagem do homólogo, Donald Trump.

John Sullivan afirmou que o facto de, nesta primeira visita a África, escolher apenas dois países mostra bem a importância que os Estados Unidos dão à cooperação com Angola e a África do Sul. Traduz também, na sua opinião, o papel destes países no continente.

Apesar de o foco da visita residir no diálogo com as autoridades angolanas e líderes empresariais angolanos e norte-americanos, o subsecretário de Estado americano vai debater uma série de questões, entre os quais a segurança global. Tal como fez na África do Sul, John Sullivan pretende discutir com líderes empresariais e especialistas dos dois países questões económicas prioritárias para os dois países, incluindo a melhoria do clima de negócios para criar condições para um maior envolvimento comercial dos EUA.

Proveniente de Joanesburgo, o número dois do Departamento de Estado dos EUA reúne, ainda hoje, com o ministro das Relações Exteriores, Manuel Augusto, com quem preside a uma sessão do Diálogo Estratégico Estados Unidos-Angola, na qual vai apresentar a estratégia da Administração Trump para África.

Logo depois, o secretário de Estado adjunto dos EUA vai assinar, com o ministro do Interior, Ângelo da Veiga Tavares, um Memorando de Entendimento no domínio da Segurança e Ordem Pública.

John Sullivan participa, igualmente, numa conferência sobre comércio e investimento, no Hotel Epic Sana, na qual vai ressaltar a importância de expandir os laços económicos e comerciais.

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