Manuel Matola
O ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, anunciou hoje que Portugal vai limitar as saídas “por via áerea, fluvial ou terrestre, salvo casos excepcionais” de cidadãos nacionais para o exterior nos próximos 15 dias, no dia em que o Parlamento autorizou a renovação do estado de emergência até 14 de fevereiro devido à Covid-19.
“Iremos contribuir para a decisão europeia que limita voos entre áreas de risco em toda a União Europeia e passa a exigir teste e quarentena por decisão articulada ao nível europeu. É também o governo que por decisão, no quadro de uma estrarégia nacional, adotará a medida de limitação de deslocações (de portugueses) para o exterior nos próximos 15 dias, para proteger os cidadãos nacionais e contribuir para a redução de contágios limitando as saídas por via áerea, fluvial ou terrestre, salvo casos excepcionais”, disse Eduardo Cabrita.
A decisão de o governo português limitar deslocações para o exterior de cidadãos nacionais foi transmitida pelo titular da pasta da Administração Interna na Assembleia da República, momentos antes de ter sido aprovado pela maioria dos deputados do pedido de autorização de renovação do Estado de Emergência até 14 de fevereiro.
De acordo com o ministro da Administração Interna, por decisão articulada ao nível europeu, Portugal passará a exigir teste e quarentena a quem chegue no país.
Dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) indicam que Portugal atingiu hoje 303 mortes relacionadas com a covid-19 e também registou novos máximos diários de 16.432 casos de infeção com o novo coronavirus.
Em 2020, a pandemia da Covid-19 provocou uma queda do PIB português de 15 mil milhões de euros, no entanto, Portugal receberá este ano um apoio de 22 mil milhões de euros da União Europeia para acudir a economia. (MM)