Imigrantes nepaleses em quarentena no Algarve depois da confirmação de um infetado com Covid-19

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JRS Portugal ©
Dírcia Lopes

Um grupo de 72 cidadãos nepaleses está em quarentena na Escola Básica 2+3 Santo António, em Faro, depois de um destes imigrantes ter dado entrada no hospital e de se ter confirmado que está infetado com a Covid-19.

Recentemente, a Autarquia e Cruz Vermelha acolheram 72 cidadãos nepaleses na Escola Básica 2+3, em Faro, sendo que estão a ser vigiados pelos serviços de saúde. Até à data não há mais casos, entre estas pessoas, de infetados com o novo coronavírus.

Em declarações ao jornal É@GORA, o presidente da Câmara de Faro, Rogério Bacalhau, explicou que “na sequência de um caso confirmado de um elemento desta comunidade, entretanto internado no Hospital de Faro, a Direção de Saúde pediu para arranjar um espaço para colocar de quarentena os restantes cidadãos”. O caso foi detetado no domingo.

Para dar resposta a este pedido, “em conjunto com a Cruz Vermelha Portuguesa, o Moto Clube de Faro, os Bombeiros Municipais e o Agrupamento de Escolas João de Deus montámos um dispositivo para os acolher”, sublinhou Rogério Bacalhau.

Os nepaleses estão no País numa situação de trabalho temporário em explorações agrícolas, sendo que estão a ser acompanhados pelos profissionais de saúde.

A Cruz Vermelha e a autarquia asseguram toda a logística referente às refeições, cuidados de higiene, entre outras necessidades.

Espaço preparado para 14 dias de quarentena

O presidente da Câmara de Faro garantiu ainda que os cidadãos estão sob vigilância e que, até à data, não há confirmação de mais infetados com o coronavírus.

“Se vier a existir mais testes positivos, as pessoas também serão encaminhadas para o hospital, saindo deste dispositivo que apenas serve para quarentena”, disse.

Em princípio o dispositivo montado na Escola Básica 2+3 terá uma duração de 14 dias. Mas Rogério Bacalhau salienta que a situação vai ser avaliada dia-a-dia consoante a evolução dos restantes nepaleses. E garante que, desde que houve um caso positivo, “os serviços de saúde têm estado a fazer o rastreio dos contactos”.

Fonte do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) admitiu ao É@GORA que, durante a operação que levou a esta quarenta, esteve presente um inspetor do organismo nas instalações da Escola. No entanto, a mesma fonte garante que “o SEF não vai ter um papel ativo no apuramento de quem são aqueles cidadãos. É uma questão de saúde pública e, nesta fase, é esta a prioridade”.

O papel do organismo resume-se a colaborar no esclarecimento de eventuais dúvidas das autoridades envolvidas.

O governo português declarou o estado de alerta na passada sexta-feira, 13, e anunciou uma série de medidas extraordinárias, em vários setores, para minimizar os efeitos da pandemia no País, incluindo o encerramento de escolas até abril.

Esta segunda-feira já estão confirmados 331 casos em Portugal, mais 86 do que no domingo. Hoje foi também confirmada a primeira vítima mortal devido à Covid-19, um homem com mais de 80 anos e que tinha outras doenças associadas.

A Organização Mundial de Saúde declarou o Covid-19 como uma pandemia, causada pelo novo coronavírus detetado em dezembro, na China.

A doença já infetou cerca de 175 mil pessoas em mais de 150 países e regiões, provocando mais de 6.700 mortos. (DL)

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