Oliver Quinto
O número de imigrantes em Portugal subiu mais de 20% nos últimos três anos, o que caracteriza 4% da população. Esses números têm crescido desde 2015, sendo que os brasileiros representam um quarto do total. Em segundo lugar vem a comunidade de Cabo Verde e, em terceiro, o Reino Unido, resultado direto do “efeito Brexit”. Os pedidos de nacionalidade subiram quase 80%, sendo esses números do Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA) divulgados pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF). Já são 661 mil cidadão estrangeiros com título de residência válido, o que representa o valor mais elevado desde 1976. Pode-se dizer em 2021 que nunca tantos estrangeiros com autorização de residência viveram em Portugal. No final de 2020, O SEF registava 661 600 estrangeiros, mais de 71 mil do que em 2019.
Estudos mostram que os imigrantes ainda são vistos como ameaça. Entretanto, o país precisa de que venham mais. Eles constituem a mão-de-obra das grandes explorações agrícolas, nomeadamente no Alentejo. Lá buscam emprego especialmente aqueles que foram dispensados da hotelaria e da restauração por conta da pandemia. É um mercado de trabalho que os portugueses evitam. Ainda, os imigrantes, contribuem para a Segurança Social mas dela pouco se beneficiam. A relação desigual segue inalterada. (X)