Lisboa acolher a 05 de novembro a 4ª Edição da Gala Miss Cabo-Verdiana-Portugal

Manuel Matola

A capital portuguesa, Lisboa, vai acolher, no próximo dia 05 de novembro, a 4ª Edição da Gala Miss Cabo-Verdiana.
Em entrevista ao jornal É@GORA, a organizadora do evento, Claudina Correia, anunciou quais as grandes novidades desta edição, a primeira a realizar-se no pós-Covid: uma das mudanças é que a vencedora vai participar num concurso no exterior: no Miss Cabo-verde Europa, em Paris. E há muito mais. Confira tudo sobre um dos poucos concursos de beleza que ainda é realizado pela comunidade estrangeira residente em Portugal, incluindo a do espaço lusófono.

Qual é a principal novidade da Gala Miss Cabo-Verdiana em Portugal-2023?

A principal novidade é o nosso retorno, após uma pausa de 3 anos devido ao COVID. Sinto que houve um esquecimento o que faz pensar na importância da consistência.

E quais são as mudanças para a edição deste ano, em comparação com o evento passado de 2019?
Desta vez também temos uma outra novidade em que pela primeira vez uma vencedora nossa vai participar num concurso no exterior, Miss Cabo-verde Europa, em Paris.

Como a organização pretende expandir o impacto do concurso este ano, tanto em termos de participação das concorrentes quanto de envolvimento da comunidade e especialmente no contributo para a projeção da comunidade imigrante em Portugal?

Estamos com uma presença mais forte nas redes sociais, embora sintamos que é preciso recuperar o tempo perdido. Mas depois do COVID as redes sociais têm sido um excelente aliado na divulgação dos trabalhos. Este género de eventos cria um dinamismo na nossa comunidade, [pois muitas] querem muito fazer parte e por isso temos a possibilidade de escolherem a Miss Popular com votação online.

Pode avançar detalhes sobre os critérios de seleção das finalistas deste ano e como elas representam a diversidade da comunidade cabo-verdiana em Portugal?

O critério principal é a harmonia entre beleza, desenvoltura, sociabilidade, empenho e responsabilidade. Uma vez que a vencedora vai participar num concurso a nível europeu, representando os cabo-verdianos em Portugal, é importante que esta candidata seja capaz de se adaptar.

Como a adesão ao Miss Cabo-Verdiana-Portugal tem evoluído ao longo dos anos, especialmente em comparação com edições anteriores?

Na verdade é um evento com bastante aderência mas ainda assim sentimos que é difícil as candidatas manterem o compromisso até ao fim. Têm dificuldade em lidar com desafios e isso é algo que pretendemos combater com o nosso programa de capacitação.

Qual é o papel de uma Miss como embaixadora da comunidade imigrante em Portugal, e como as Misses anteriores têm contribuído para a sociedade?

A Miss como embaixadora tem-se mostrado ser uma referência como empreendedora e criadora do seu próprio caminho, fazendo parte do nosso paradigma que a mulher representa atualmente na sociedade.

Como a preparação das concorrentes, incluindo workshops sobre empoderamento, desenvolvimento pessoal e liderança, ajuda a promover a igualdade de género e oferece oportunidades para o futuro das candidatas?

Os nossos Workshops têm fornecido às nossas participantes o desenvolvimento do senso critico e a clareza de suas escolhas. A maioria chega sem grandes perspectivas e saem do concurso mais motivas, proativas e confiantes.

Além da avaliação da beleza física, de que forma o concurso tem ajudado as concorrentes a compreenderem melhor seus objetivos pessoais e profissionais?

Durante todo o percurso de participação são ativadas nelas o sentido de responsabilidade e de compromisso. São verdadeiramente consciencializadas de que são elas o principal instrumento na conquista dos seus objetivos. [É-lhes inculcadas a noção de] que é preciso dedicação e trabalho.

Pode dar mais detalhes sobre as atividades de angariação de fundos realizadas pelo evento e as instituições beneficiárias dessas ações nos anos anteriores? Se for o caso.

Não fizemos angariação de fundos mas houve doações de uma associação do concelho de Oeiras.

Além dos habituais workshops, existem outras iniciativas educacionais ou programas de apoio que a organização pretende oferecer às concorrentes durante a preparação para o concurso?

É trabalhado com elas a parte da autoimagem, autocuidado. E são diariamente incentivadas a procurar dentro de si mesmas todas as soluções e não se focar nos obstáculos.

Qual é a mensagem principal que a organização do Miss Cabo-Verdiana Portugal gostaria de transmitir à sociedade este ano, especialmente em relação aos desafios enfrentados pelas mulheres imigrantes em Portugal?

A mulher cabo-verdiana é muito forte, batalhadora, esconde-se atrás de uma capa de super mulher e ao meso tempo cheia de inseguranças. A nossa mensagem é que se permitam olhar mais para elas, que podem ser leves e para nunca deixarem de acreditar em si e no seu potencial. Que se permitam ser vistas e que usem a sua voz.

Como o público em geral pode participar ou apoiar as atividades relacionadas com a Gala Miss Cabo-Verdiana Portugal, seja como voluntários, patrocinadores ou espectadores?

O público em geral pode apoiar ao acompanhar-nos e a interagir nas redes sociais. Para os interessados em patrocinar podem entrar em contacto connosco pois temos propostas muito interessantes [risos]. (MM)