Lisboa já tem canal “streaming” que promove atividades de associações pró-imigrantes

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As organizações e empreendedores imigrantes poderão partilhar os seus conteúdos em serviço low-cost


Manuel Matola

A cidade de Lisboa conta agora com um canal digital que pretende servir de montra para a promoção das atividades das organizações pró-imigrantes e partilha de trabalhos de empreendedores estrangeiros que escolherem a capital portuguesa para exibir a sua capacidade de inovação.

O canal “é uma iniciativa que surge no âmbito do Gabinete de Imagem Integrada e de Recursos Comunicacionais para o 3 º Sector (GIIRC`3) que, na sequência da Covid-19, foi impelido a encontrar respostas face às novas tendências relacionadas com as atuais formas de comunicar”, disse Celso Soares, presidente da direção do GIIRC`3.

Falando ao jornal É@GORA, Celso Soares disse que a plataforma de conteúdo “streaming” insere-se no âmbito de um projeto piloto que a Associação CulturFACE, que implementa e dinamiza o Gabinete, está a desenvolver no sentido de promover a comunicação estratégica de todas as organizações pro-imigrantes em Lisboa.

A ideia do GIIRC`3, financiado pela União Europeia, é dar visibilidade e difundir de forma massiva as dinâmicas das instituições do terceiro setor que, à semelhança das empresas e do mundo, estão para já paradas devido à Covid-19.

O canal gerido pelo GIIRC`3 deu o pontapé de saída do canal, em regime experimental, na passada quinta-feira com realização de uma tertúlia sobre os “(Pré) Conceitos veiculados pelos media sobre Asilo, Migrações e Refugiados”.

E neste domingo, a Culturface organazou um “Espaço de Reflexão Virtual” sob lema “Analisando o Cenário Futurista, Quais as Medidas a Ser Tomadas para a Construção de Novos Desafios e Novas Portas – Pós Covid – 19?”.

O objetivo central do debate era refletir sobre os modelos estratégicos que as organizações que trabalham com os imigrantes podem implementar para ultrapassar os desafios colocados pela pandemia Covid-19.
 
O evento contou com a presença de responsáveis de grupos associativos com sede na Holanda e no Reino Unido, nomeadamente uma jurista brasileira que trabalha com questões de imigração em Londres.

Mas, de acordo com Celso Soares, a plataforma digital já tem uma agenda preenchida para os próximos tempos, a começar com “a primeira conferência que vai acontecer no dia 07 de agosto” sobre “Estratégicas das Organizações para os novas narrativas pela integração de Migrantes – O que muda?”.

“Até lá, vão acontecendo algumas reportagens que vão sendo feitas sobre as organizações, sobre montras de empreendedores que esColheram a cidade de Lisboa para partilhar os seus trabalhos e a sua capacidade de inovação”, acrescentou Celso Soares a propósito da primeira instituição do género que nasceu de Lisboa para o mundo com uma estratégia comunicacional que visa ser “o eco das organizações e “não porta-voz” das organizações imigrantes em Lisboa a quem pretende ajudar a criar “um espaço de visibilidade e difusão” das suas dinâmicas.

“Uma vez que o mercado é exigente, é preciso ir ao encontro também desta exigência, para quem não tem ferramentas tecnológicas para se desenvolver, encontrar um parceiro que também possa divulgar os seus conteúdos. Nós além de sermos este gabinete que trabalha com as organizações e também empreendedores imigrantes terão espaço de poder partilhar os seus conteúdos em serviço low-cost. Todo o equipamento que se vê aqui tem o seu custo, o pessoal que cá trabalha também tem o seu custo. E quem está quererá ver também um trabalho bem feito e terá que investir um pouco do seu tempo para nos fazer chegar os elementos que necessitam de forma a serem publicados”, disse o responsável.

Celso Soares (dir) e os convidados da 1ª emissão experimental. FOTO: GIIRC`3 ©
De acordo com o plano, a Culturface, que implementa e dinamiza o Gabinete de Imagem Integrada e de Recursos Comunicacionais para o Terceiro Setor, tem a finalidade de (1) Apoiar e dinamizar iniciativas da população migrante ajudando divulgação e promoção de imagem positiva do 3º Setor; (2) Prestar serviços Mix alternativos Low Cost às organizações sem fins lucrativos que funcionem no âmbito do 3º Setor, com o fim de gerar uma imagem positiva de forma a captar e gerar o interesse dos media; (3) Promover o combate ao isolamento, a justiça social e a informação e imagem das organizações empreendidas por migrantes estimulando a sua qualidade comunicacional, e (4) organizar eventos culturais e de promoção e divulgação de conhecimento, como workshops, tertúlias e conferências, sensibilizando os participantes para temas de importância.

“Nós estamos aqui por trás para podermos espelhar esse trabalho que é feito por cada cidadão migrante na cidade de Lisboa. E talvez no futuro possamos transpor a cidade de Lisboa. Contamos também com o jornal É@GORA nesse caminho que possamos fazer juntos e só assim conseguimos entrar no mercado de uma forma mais assertiva, coordenada, para ajudar as pessoas a trabalharem em equipa e na organização de informação para puder comunicar da melhor forma”, concluiu Celso Soares. (MM)

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