Oliver Quinto
A Polícia Judiciária (PJ) levou a cabo na segunda-feira, dia 8, a megaoperação Miríade de combate ao tráfico de droga, ouro e diamantes. Foram emitidos 100 mandados de busca e detenção de dez arguidos. As buscas foram realizadas nas regiões de Lisboa, Braga, Funchal, Setúbal, Bragança, Porto de Mós, Beja, Faro e Entroncamento. A denúncia chegou ao Estado-Maior-General das Forças Armadas em 2019. Os suspeitos da Miríade são militares, comandos e ex-comandos que se terão envolvido no tráfico de diamantes e ouro durante as missões portuguesas realizadas ao abrigo da ONU na República Centro-Africana (RCA), palco de caos e violência desde 2013 após o derrube do ex-Presidente François Bozizé. A investigação começou em 2020 ao cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e conta com o apoio da Unidade Nacional de Combate à Corrupção da PJ e também com elementos da Autoridade Tributária (AT). As Nações Unidas acompanham o caso que ganhou agora contornos políticos em Portugal.