O futuro político do Brasil marca a nova temporada do “Mundo Sem Fronteiras”

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Manuel Matola

O futuro político dos brasileiros num ano de eleições presidenciais naquele país latino-americano vai estar sistematicamente em destaque na nova temporada do “Mundo Sem Fronteiras”, o programa da Rádio Movimento Portugal Online, que já este sábado irá debater os elementos intelectuais e assuntos essenciais do Brasil. Na reestreia um convidado que teve uma crise de fé religiosa, foi ler filósofos alemães e entrou numa crise acentuada. O intelectual brasileiro Álvaro Santos é palestrante, empreendedor, ex-pastor presbiteriano que hoje celebra casamentos humanistas. O jornal É@GORA entrevistou o ator e filósofo brasileiro Fábio Alexandrelli, apresentador do programa “Mundo Sem Fronteiras”, um espaço aberto de divulgação de pensamentos de figuras de Portugal e do Brasil para o mundo, que parte da visão cosmopolita de dois grandes escritores da língua portuguesa experientes também nas dinâmicas migratórias: Machado de Assis e Fernando Pessoa. Acompanhe:

Quais são as novidades do programa neste ano de 2022?

O foco é trazer intelectuais do Brasil e de Portugal, artistas, músicos para se discutir as questões culturais, intelectuais e questões do mundo, que passa pela História dos países, a Economia, as questões da pandemia que machuchou muito o Brasil. Nós já passamos 600 mil mortes, isso é muito triste. Então nós precisamos retomar tudo isso e discutir assuntos essenciais [num ano em que] vamos ter eleições presidenciais-2022 no Brasil, que também vão renovar o Parlamento, o Congresso Nacional e uma parte do Senado. Então, a gente precisa discutir todos os assuntos [daí que ] o programa vem como uma luz para trazer esta nova qualidade no debate nacional e internacional em parceria com a Rádio Movimento Portugal Online.

Em termos de convidados. Há um perfil diferente? Quem vão ser novos convidados que irão olhar para a situação que o Brasil vai viver nos próximos tempos a nível político?

Estou buscando intelectuais da área da política que já têm uma experiência parlamentar para a gente debater as questões aonde estão os gargalos (problemas) para se solucionar. Também fechei uma entrevista com o filósofo Paulo Arantes que é um dos maiores intelectuais do Brasil. Formou várias gerações da Universidade de São Paulo. Vamos discutir a História brasileira, passando pelo conceito das ideias. Aí pegaremos os pensadores franceses e ingleses que contribuíram para análise humana, com a Sociologia em relação ao mundo. E também a questão da política que eu percebo que é o grande gargalo do Brasil. Se não resolvermos a questão política que determina a política no campo económico, na questão cultural e educacional fica difícil dar um salto qualitativo.

E quem será o primeiro convidado?

Na reestreia, vamos ter Álvaro Santos, palestrante, empreendedor, ex-pastor presbiteriano que hoje celebra casamentos humanistas. Ele teve uma crise de fé religiosa e foi ler filósofos alemães. Aí entrou mais crise ainda. Então, vamos discutir todos os elementos intelectuais. [Aliás], o programa tente discutir essas questões intelectuais: como é que a pessoa enxerga o mundo, como é que ela vê a sua vida inserida no mundo. Então, todos os elementos vão estar em discussão. É o tema da religião, da fé, economia, filosofia, política, cultura e todos esses temas estão relacionados com o mundo.

E estão a fazer isso olhando também para a diáspora brasileira no seu todo…

Com certeza. A gente tenta fazer um programa em parceria com Portugal assente na relação com a língua portuguesa [daí que] queríamos encontrar com essa diáspora, com todos esses irmãos que falam a língua portuguesa e fazem parte da nação portuguesa, porque afinal de contas nós temos essa ligação de linguagem, História, [pelo que a ideia] é falar com todos ao redor do mundo. Essa é a nossa missão e a da Rádio Movimento Portugal Online e que também está dentro do jornal É@GORA.

Já está definido quem são os próximos convidados que virão ao programa?

Fábio Alexandrelli, apresentador do programa “Mundo Sem Fronteiras”
Estou a conversar com um membro da Executiva Nacional do Partido PSDB que é bastante representantivo aqui que teve o Fernando Henrique Cardoso, que foi nosso entrevistado. Também estou conversando com ele para fechar uma data para também discutirmos estas questões: políticas, económicas, culturais. São pessoas que estiveram no poder e sabem onde estão os problemas para os resolver. Geralmente eu fecho duas entrevistas para uma semana e outra, e vou falando com uma terceira e outra pessoa para a quarta entrevista do mês. Conforme os acontecimentos vão ocorrendo há pessoas específicas para debater aqueles temas.

É possível indicar quantos programas já foram feitos desde a primeira temporada?

Dezenas. Acho que nós já fizemos uns 50 programas.

E qual vai ser o futuro destes conteúdos todos: há aí um plano escondido para a produção de um livro com base nessas entrevistas?

Acho que seria muito interessante porque ele dá um panorama bastante rico. Acho que é uma questão a se pensar no futuro próximo. Pegar as entrevistas e transformar numa compilação de livros sobre o Mundo Sem Fronteiras. Acho que seria bastante rico e interessante. É uma ideia para se pensar.

Com relação ao próprio programa, haverá maior interação com o público desta vez?

Na verdade a gente deixa em aberto para as pessoas participarem. Mas as pessoas que quiserem entrar ao vivo e fazerem perguntas são muito bem-vindas. As perguntas que não poderem ser respondidas ao vivo, com a mais absoluta certeza, depois serão encaminhadas ao entrevistado que depois poderá responder. A ideia é que quanto mais interação melhor. Eu gosto de pingar fogo. As pessoas podem mandar as perguntas que quiserem, com maior grau de dificuldades que quiserem, que é o que gosto. (MM)

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