O tráfico de pessoas no contexto do agrocapitalismo

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Oliver Quinto

Não há novidade com relação à exploração abusiva dos trabalhadores imigrantes, evidenciada em meses recentes por conta dos surtos de Covid-19 na região do Alentejo, em especial no concelho de Odemira, que conta com mais de 300 trabalhadores a viver em situação de sobrelotação ou insalubridade. De acordo com o presidente do Município de Odemira, José Alberto Guerreiro, “estamos perante uma situação já identificada de mais de uma centena de lugares”.
O agrocapitalismo, cá representado pela intensiva agricultura nas estufas e nas plantações, joga luz ao tipicismo da escravatura pós-moderna irremediavelmente enraizada ao comércio mundial.
Qual o direito do trabalhador imigrante frente ao patronato e ao grande capital e quais os passos necessários para a retomada dos direitos laborais? Há vozes a serem ouvidas se tais direitos não se podem separar da cidadania que não chegou a ser adquirida? Quem há de ouvir essas vozes?
Resta saber a quem interessa extinguir um modelo de exploração há tempos consolidado, tanto na sociedade quanto na política e sobretudo, na consciência humana.

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