(Escritora, Engenheira, Empreendedora)
Mas, o que é o mundo se não um aglomerado de sociedades? E, o que é um aglomerado de sociedades se não um conjunto de indivíduos? Assim sendo, se mudarmos os indivíduos mudamos o mundo! E como podemos, de uma forma ativa, mudar os indivíduos? Começando por nos mudarmos a nós mesmos. Será que estamos a dizer que a mudança no mundo começa com a mudança em cada um de nós pelas nossas próprias mãos? Esta é a mais pura verdade. A mudança deve começar em nós, E@agora?
Para que haja mudança é importante, essencial e obrigatório que haja ação. Por mais surpreendente que seja, aqui está o problema: na ação. Fazendo uma simples generalização do modelo do mundo, cada indivíduo encontra-se paralisado com medo de agir: “agirafobia”. Uma vez que a nossa mentalidade tem a tendência para aguardar por terceiros para resolverem problemas que nos cabem a nós resolver, ficamos com medo de agir. Temos medo de assumir as responsabilidades sobre as nossas ações portanto é mais fácil nada fazer.
E como podemos mudar a nossa mentalidade?
Assumindo, lentamente, a responsabilidade sobre a nossa vida. Não podemos amadurecer enquanto não estivermos preparados para assumir responsabilidades sobre tudo o que nos acontece. “Mas, Adelaide, o meu marido traiu-me, como é que a culpa é minha?”. Fácil, basta analisar a situação e perceber que provavelmente houve um distanciamento de ambos, ou na pior das hipóteses perceber que tens a tendência para escolher homens com esse padrão. Este foi só um exemplo de que em tudo o que nos acontece nós acabamos por ter alguma responsabilidade.
Então, a solução para mudarmos o mundo começa por assumirmos responsabilidade sobre nos nossos atos. Percebermos que para cada situação existe uma ação da nossa parte e uma consequência como resultado. Se quisermos mudar um resultado, depende de nós mudar a ação que temos perante a situação. Deixarmos a mentalidade de vítimas para o lado e assumir a mentalidade de uma pessoa que é responsável pelas suas respostas a determinadas situações.
Esta alteração apenas acontece com uma tomada de consciência e um crescimento que são resultado do autoconhecimento. Sabermos exatamente quais os nossos valores, princípios, crenças e também quais os nossos limites, permite analisarmos a melhor forma de agir e lidar com os medos e a ansiedades. Sendo mestres da nossa mente, patrões e gerentes da nossa mentalidade, tudo se torna mais fácil. Vemos a mudança em nós a acontecer, e tomamos a consciência que errar faz parte de um todo processo de crescimento e de conquista. E esta mudança terá, como vimos, um impacte no mundo.
O conselho é: deixar de procurar respostas cá fora e de esperar que “terceiros” resolvam os nossos problemas ou os problemas da humanidade. As respostas estão dentro de nós, basta estarmos preparados para as ouvir e colocar em prática, ou seja, agir!
E, se é para agir, que seja com respeito com a situação atual: com distâncias de segurança e máscaras de proteção. Comecemos por adotar uma mentalidade responsável pela nossa saúde, pela saúde dos nossos e, não poderia deixar de faltar, pela saúde dos outros. (X)