Os relatos sobre brutalidade policial que chocaram a delegação da ONU

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Oliver Quinto

Com o intuito de avaliar a situação global dos direitos humanos das pessoas com ascendência africana em Portugal, a delegação da ONU veio no dia 29 de novembro a convite do Governo português. Seus peritos ficaram surpreendidos e chocados com os relatos sobre brutalidade policial, que envolviam afrofobia, discriminação racial sistémica, xenofobia, entre outras intolerâncias.

As primeiras conclusões foram apresentadas semana passada numa conferência de imprensa em Lisboa. A presidente do Grupo de Trabalho de Peritos das Nações Unidas sobre Pessoas de Ascendência Africana, Dominique Day, referiu ter ficado “surpreendida com o número e a dimensão de relatos credíveis sobre brutalidade policial” em algumas comunidades. A ativista e especialista em direitos humanos, Catherine Namakula, mostrou-se preocupada com a “prevalência de discriminação racial e a situação dos direitos humanos das pessoas de ascendência africana em Portugal”, enfatizando que a identidade portuguesa mantém-se fortemente ligada com seu passado colonial e seu envolvimento direto no tráfico de escravos. É o espírito ancestral que continua a bater com as mãos no presente.

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