Portugal contribui com 1% de 1,1 M€ necessários para assistência humanitária à Faixa de Gaza

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FOTO: AP/Hatem Moussa ©

Manuel Matola

Portugal vai contribuir com dez milhões de euros, ou seja, 1% dos mais de mil milhões de euros necessários para a assistência humanitária à Faixa de Gaza, onde 1,5 milhão de pessoas foram deslocadas desde 7 de outubro, resultado do conflito Israel-Hamas que já matou 92 funcionários da ONU, o maior da história da organização.

Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, o Secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Francisco André, participou hoje em Paris, no Palácio do Eliseu, na Conferência Humanitária para a População Civil de Gaza, promovida pelo Presidente francês Emmanuel Macron, e anunciou a “contribuição voluntária” de Portugal no montante total de 10 milhões de euros para reforçar a assistência humanitária na Faixa de Gaza.

O valor servirá para apoiar os esforços do sistema das Nações Unidas e de outras organizações humanitárias presentes no terreno, designadamente o Escritório da Organização das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA, na sigla inglesa), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA, na sigla inglesa) e o Comité Internacional da Cruz Vermelha.

Na Conferência em Paris, Francisco André “reiterou ainda o compromisso de Portugal com a solução de dois Estados e com o pleno respeito pelo Direito Internacional Humanitário, frisando a necessidade imperiosa de uma resposta humanitária urgente e robusta face à situação na Faixa de Gaza, que tem vindo a deteriorar-se diariamente, de forma a aliviar o sofrimento de todos os civis”, indica uma nota a que o jornal É@GORA teve acesso.

A Conferência reuniu os principais atores internacionais, envolvidos na resposta à situação humanitária em Gaza, com o objetivo de assegurar o respeito pelo direito humanitário internacional, a proteção dos civis e funcionários humanitários, bem como o alargamento do acesso à ajuda humanitária e o reforço da resposta humanitária internacional nos domínios da saúde, água, energia e alimentação.

FOTO: UNICEF/Hassan Islyeh ©
Hoje, a ONU News indicou que a Agência da ONU para a Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, registou a morte de 92 trabalhadores humanitários em Gaza”, assinalando que “o total de funcionários que perdem a vida em conflito é o maior da história da organização”.

Citando a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a ONU News diz que a “situação atual provocou a perda de pelo menos 61% dos empregos nos Territórios Palestinos”.

O Secretário-geral da ONU reiterou o apelo por respeito às leis internacionais e cita números recordes de mortos entre jornalistas e funcionários da ONU; líder das Nações Unidas diz que cessar-fogo se torna mais urgente a cada hora que passa; organização faz apelo de US$ 1,2 bilhão para reforçar assistência na região, diz a agência de notícias da ONU, que revela que “mais de um mês após os ataques do Hamas a Israel e a contraofensiva israelense, 92 trabalhadores da Agência da ONU para a Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, foram mortos. Além disso, pelo menos 26 ficaram feridos em confrontos entre as duas partes”.

As Nações Unidas dizem que o total de trabalhadores humanitários que morreram é o maior ocorrido na história da organização durante um conflito.

As duas ‎últimas vítimas fatais foram confirmadas na quarta-feira após a queda de um projétil Sharpnel no pátio de uma escola em Khan Younis, cidade ao sul da Faixa de Gaza. O local abriga mais de 5 mil deslocados internos.

Quase 1,5 milhão de pessoas foram deslocadas na Faixa de Gaza desde 7 de outubro. As 151 instalações da Unrwa abrigam 730 mil pessoas que fugiram de suas casas nas cinco províncias. (MM e ONU News)

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