Portugal: Serviço de Estrangeiros e Fronteiras aperta vigilância a voos vindos de Angola

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Operação especial do SEF realizou-se durante uma semana. Foram fiscalizados de forma mais rigorosa 28 voos. Foi detetada uma única situação irregular – um homem suspeito de auxílio à imigração ilegal, que já foi ouvido em tribunal e expulso de Portugal.

Durante toda a última semana, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) controlou de forma mais rigorosa todos os voos provenientes de Angola que chegaram ao Aeroporto de Lisboa. O objectivo era fiscalizar eventuais casos de trafico de pessoas – sobretudo menores.

Foram sete dias de operação, durante os quais, para além do habitual controlo documental, os inspectores do SEF também deram especial atenção a quem viajava com crianças.

Nos 28 voos que chegaram entre segunda-feira e domingo, foi controlado um total de quatro mil passageiros, sendo que desses, 350 eram menores de idade.

Em quatro casos, o SEF teve dúvidas sobre a situação documental das crianças e essas situações mereceram uma verificação mais detalhada. Foi num desses casos suspeitos, que acabou por revelar-se a única situação ilegal detectada durante toda a operação.

O SEF deteve um cidadão angolano que acompanhava duas mulheres com três filhos bebés – todos também angolanos. O homem está agora indiciado pelos crimes de falsificação de documento e auxílio à imigração ilegal.

Em causa não está, aparentemente, um esquema de tráfico de seres humanos, mas sim um de auxílio à imigração ilegal. O homem é suspeito de ser o organizador da viagem daquelas mulheres e respectivos filhos – com idades entre os dois e os quatro anos.

Elas acabaram por pedir asilo a Portugal e aguardam os desenvolvimentos do processo para já no Centro de Instalação Temporária do Aeroporto de Lisboa. O suspeito deverá ser ouvido ainda esta segunda-feira por um juiz de instrução.

O detido foi entretanto ouvido no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, de onde saiu com ordem de afastamento do território nacional. Irá aguardar no Centro de Instalação Temporária do Aeroporto pelo voo de que o levará de volta a Luanda.

Já as duas mulheres e respectivos filhos estão agora ao cuidado do Conselho Português para os Refugiados, onde vão ficar à espera da resposta aos seus pedidos de asilo.

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