Portugal: Universidade de Santiago e associação de profissionais cabo-verdianos lançam oportunidades para imigrantes

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Diáspora cabo-verdiana

Manuel Matola

A Universidade de Santiago e a Associação de Saúde e Solidariedade da Diáspora Cabo-verdiana (ASSD-CV) vão debater no próximo sábado as possibilidades de cooperação com as Associações Cabo-verdianas em Portugal, por forma a lançar várias oportunidades para os imigrantes.

A ideia é encontrar formas de apoiar jovens que, na diáspora, queiram prosseguir a sua formação académico-profissional, ou que, enquanto empreendedores (podem ser de outras nacionalidades além da cabo-verdiana), pretendam alargar as suas redes de parceria e alianças estratégicas.

Este ano, aquele estabelecimento de ensino superior de Cabo Verde completa 15 anos de existência, tendo “até à presente data” obtido resultados “encorajadores”, segundo uma nota conjunta enviada ao jornal É@GORA pelo Reitor da Universidade de Santiago, Gabriel Fernandes, e pela presidente da Direção da ASSD-CV, Andredina Cardoso.

De acordo com a instituição cabo-verdiana, “desde a sua criação, a Universidade de Santiago já garantiu acesso ao ensino superior a largas centenas de jovens cabo-verdianos e estrangeiros e já colocou no mercado cerca de 1300 quadros”.

E, no âmbito do seu Plano Estratégico de Desenvolvimento Institucional, a Universidade de Santiago se propôs desenvolver “um vasto leque” de ações em torno da formação e da inserção socioprofissional dos jovens cabo-verdianos e não só, diz o Reitor da Universidade de Santiago, Gabriel Fernandes.

“Para o efeito”, assegura, “a instituição tem apostado em fortes alianças e parcerias, a diferentes níveis e recobrindo diferentes países e instituições”.

É nesse sentido que a Universidade Santiago anseia “alargar as suas redes de parceiros, visando chegar aos diferentes concelhos, bairros e localidades do país, bem como aos diferentes países de acolhimento dos cabo-verdianos, numa ampla frente em prol do desenvolvimento social e humano”, um trabalho que, em Portugal, será feito com o auxílio da Associação de Saúde e Solidariedade da Diáspora Cabo-Verdiana, a primeira agremiação criada por imigrantes cabo-verdianos que congrega médicos de várias especialidades, advogados, professores e deputados, mas que é alargada a pessoas de outras áreas profissionais e de diferentes nacionalidades.

A ideia de criação da Associações Cabo-verdianas em Portugal surgiu em 2020, durante a pandemia, quando 11 imigrantes cabo-verdianos profissionais de saúde decidiram adquirir uma arca ultra-congeladora (a menos de 80 graus) para ajudar Cabo Verde a preservar rapidamente amostras biológicas e alargar a capacidade de diagnóstico do coronavírus naquele arquipélago.

Do inesperado resultado, surgiu a nova instituição – a Associação de Saúde e Solidariedade da Diáspora Cabo-Verdiana – que, logo à nascença, definiu um âmbito global de atuação assente na perspetiva de solidariedade destes profissionais de origem cabo-verdiana, que há anos residem em Portugal.

No comunicado enviado ao jornal É@GORA Reitor da Universidade de Santiago destaca o papel da agremiação cabo verdiana e olha para o sucesso da sua instituição e afirma: “Nesse contexto, gostaríamos de trabalhar em estreita articulação com as associações e grupos comunitários existentes em Cabo Verde e no estrangeiro, seja no mapeamento das necessidades formativas dos jovens, seja na busca de apoios possíveis para ajudá-los a realizar os seus sonhos”.

E justifica: “Hoje, prestes a completar 15 anos de existência e ciosa de que a formação representa um dos mais fiáveis recursos de ascensão social e de melhoria das condições de vida dos nossos jovens, a Universidade de Santiago pretende alargar as suas redes de parceiros, visando chegar aos diferentes concelhos, bairros e localidades do país, bem como aos diferentes países de
acolhimento dos cabo-verdianos, numa ampla frente em prol do desenvolvimento social e humano”.

Segundo Gabriel Fernandes, “no que concerne especificamente à formação superior”, a Universidade de Santiago “está em condições de, através da US Virtual, fazer chegar as suas ações de formação (licenciatura, mestrado e pós-graduações não conferentes de grau) aos residentes no território nacional e no estrangeiro, com uma propina muito acessível e com possibilidade de desconto de até 50% às instituições parceiras e seus associados/membros”.

Para tal, a parceria com a Associação de Saúde e Solidariedade da Diáspora Cabo-verdiana vai ser útil, pelo que haverá este primeiro encontro da Universidade de Santiago com as Associações Cabo-verdianas em Portugal, a decorrer no dia 21 de outubro, pelas 10h na sede da Associação de Saúde e Solidariedade da Diáspora Cabo-verdiana, sito Estrada do
Brejo, nº 16A Cova da Piedade, 2809-004, Almada. (MM)

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