Primeiro voo para repatriamento de angolanos parte 6ªfeira – garante Consulado-Geral em Lisboa

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Sete mil angolanos aguardam o regresso ao país

Manuel Matola

O primeiro voo de repatriamento dos angolanos retidos em Portugal vai realizar-se na sexta-feira, dia 24 de julho, assegurou hoje o Consulado-Geral de Angola em Lisboa que, entretanto, axorta aos passageiros a contactarem a companhia de bandeira angolana, TAAG, porque algumas pessoas forneceram telefones e bilhetes com números imprecisos.

Em nota a que o jornal É@GORA teve acesso, o “Consulado Geral apela a todos os interessados” a contactarem a representação da TAAG “para eventuais correções que se impõem”.

Os serviços consulares referem-se ao facto de, “no âmbito da programação dos voos”, se ter constatado que “inúmeros contactos telefónicos fornecidos aquando do registo” não estarem atribuídos e haver “bilhetes de passagens com números incorretos”.

Há dias, o secretário de Estado para a Saúde Pública angolano, Franco Mufinda, anunciou que os voos humanitários para repatriar os cerca de 7.000 angolanos retidos em Portugal devido ao fecho de fronteiras no seu país iriam ter início hoje, terça-feira, dia 21 de julho.

FOTO: Can Stock Photo ©
No entanto, em nota hoje divulgada, “o Consulado Geral de Angola em Lisboa comunica aos cidadãos angolanos que se encontram retidos em Portugal que, fruto dos esforços desenvolvidos pelo Executivo, dará início ao processo de regresso ao país no dia 24 de julho de 2020”, através da companhia TAAG.

Em entrevista ao jornal É@GORA, o Cônsul-geral de Angola em Lisboa, Narciso Espírito Santo Júnior, considerou que a sua “maior preocupação são os cidadãos que se encontram de trânsito (não residentes) em Portugal que tinham regresso confirmado para Angola no período em que foi decretado o Estado de Emergência”.

Anteriormente, o Governo angolano tinha anunciado que, de resto, Portugal seria o próximo destino de repatriamento para os angolanos que querem regressar ao seu país, cujas fronteiras foram encerradas a 20 de março devido à pandemia de Covid-19.

“O próximo destino será Portugal. Como sabem temos uma comunidade à espera do regresso de cerca de 7.000 cidadãos”, o que vai representar um esforço elevado em termos financeiros e de meios de transportes”, disse o ministro de Estado e chefe da Casa de Segurança do Presidente da República, Pedro Sebastião, que reconheceu que estes “estão em condições bastante difíceis”.

“Reconhecemos isto. Não imagino estar três, quatro meses fora de casa e sem recursos para sobreviver”, sublinhou o general Pedro Sebastião, que é também coordenador da comissão multissetorial de combate e prevenção da Covid-19.

Depois disso será dada atenção a outros núcleos de angolanos que estão espalhados pela Europa e pelo mundo, como Dubai, disse na mesma altura.

Na passada quinta-feira, chegaram a Angola pelo menos 270 angolanos provenientes do Brasil, entre os quais 27 crianças, transportados pelos voos da transportadora de bandeira angolana TAAG, que em comunicado repudiou a atitude e o comportamento de passageiros que procuraram “forçar o embarque irregular de bagagem”. (MM)

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