
O filme moçambicano “Resgate” estreia esta quinta-feira em Lisboa, numa primeira exibição comercial no estrangeiro da única longa-metragem sobre raptos em Moçambique, onde em seis anos foram sequestrados 150 portugueses, principal grupo-alvo de um fenómeno que representa um dilema para os imigrantes e cidadãos nacionais com posses.
Coproduzido pelos cineastas moçambicanos Mickey Fonseca e Pipas Forjaz, o filme “Resgate: Quando o passado bate a porta” retrata a vida de Bruno (ator cujo nome verdadeiro é Gil Alexandre), jovem recém-saído da prisão, que leva uma vida honesta, quando um inesperado empréstimo coloca a sua família em risco.
“Após quatro anos de prisão, Bruno é um homem livre, e está de regresso à cidade de Maputo, junto da namorada, Mia, e da filha. Arranja emprego numa sucata, e vive uma vida honesta, mas cedo é surpreendido por uma intimação bancária referente a um empréstimo que a falecida mãe contraiu”, lê-se na sinopse divulgada pela Mahla Filmes, a primeira produtora moçambicana que realiza uma longa-metragem que conta uma história contemporânea e urbana.
Inicialmente, o principal protagonista da película não tem ideia de como vai encarar o dilema relacionado com a dívida ao banco, mas tem noção de que “ou ele paga, ou perderá a casa”, refere o resumo do filme.
Mas como está “determinado a manter a casa e proteger a dignidade da mãe, sem alternativa”, Bruno “envolve-se com o seu antigo gangue, e logo se encontra numa teia de sequestros orquestrados pelo implacável Boss”, ou seja, Rachide Abdul, um não ator que no filme interpreta personagem de um violento viciado em cocaína por trás de uma série de sequestros.
No desenrolar da ação, Bruno sente-se pressionado com a vida que leva, pelo que elabora um plano para afrontar Boss, embora a decisão coloque em perigo a vida da família que acaba envolto num enredo que retrata o controverso mundo de dinheiro e amor pelo próximo, refere o comunicado sobre a longa-metragem que, em Moçambique, superou em audiência títulos internacionais como “Rei Leão” e “Homem Aranha”, com mais de seis mil espectadores a esgotarem as salas de cinema nas cidades de Maputo, Matola, no sul do país, e na província de Tete, na zona centro.
De resto, em Moçambique, o filme Resgate “foi recebido pela crítica e pelo público como um corte com as tradicionais narrativas do país, na grande tela, como um país que se resume a guerras, a obscurantismo, a pobreza e ruralidade. Para muitos moçambicanos, esta é a primeira vez que se veem representados num filme nacional, o que contribuiu para a recetividade do público para o filme”, garante a Mahla Filmes em nota enviada ao jornal É@GORA.
A pelicula foi filmada em Moçambique entre 2017 e 2018 e parcialmente editada em Portugal, onde, durante uma semana, será exibida nos cinemas Alvaláxia, em Lisboa, e Parque Nascente, no Porto, pertencente ao grupo NOS.
Em Setembro, o “Resgate”, que “é um dos poucos filmes independentes produzidos no país africano”, será também exibido em cinco províncias de Angola, em parceira com o Cinemax, tornando-se assim no primeiro filme moçambicano a ser exibido comercialmente naquele país lusófono. (MM)
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