Manuel Matola
O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) anunciou hoje ter desmantelado, em Lisboa uma rede internacional de falsificação de documentos, que culminou com a detenção de dois cidadãos estrangeiros por suspeita da prática dos crimes de falsificação, contrafação de documentos e outros crimes informáticos.
“A rede, agora desmantelada, em Portugal, viajava por vários países europeus e da América do Sul, movimentava significativas quantias de dinheiro, sob a forma de criptomoedas, o que lhes permitia, além do avultado lucro, obter tecnologia de ponta para a elaboração de milhares de documentos falsos de elevada qualidade”, refere uma nota do SEF.
Segundo o comunicado, a operação “Fewas”, levada a cabo pela polícia migratória portuguesa, “foi o culminar de uma investigação de dois anos a uma complexa e furtiva rede internacional que recorria à darkweb para vender diversos tipos documentos de identificação, incluindo passaportes portugueses, de vários países europeus, americanos e árabes”.
Em resultado, foram apreendidos centenas de documentos falsos, designadamente passaportes, cartas de condução, títulos de residência, cartões de cidadão, cartões de crédito/débito.
Foram igualmente apreendidos computadores, impressoras de alta qualidade, incluindo impressoras 3D, bem como elementos de segurança utilizados no fabrico de documentos.
As características transnacionais desta rede levaram à colaboração do SEF com as autoridades do Brasil, Espanha, França e Reino Unido. Tal investigação contou ainda com a colaboração de diversas agências internacionais, designadamente Europol e Interpol.
Os arguidos serão presentes hoje a Tribunal, refere o SEF. (MM)