SEF: O caso do imigrante que falsificou passaportes diplomáticos para quatro fictícios médicos

Manuel Matola

Um imigrante de 52 anos foi detido em flagrante delito, no Aeroporto de Lisboa, ao tentar fazer entrar em Portugal quatro falsos médicos com recurso a passaportes diplomáticos forjados. Justificação: vinham participar numa conferência que, na verdade, nem sequer existia.

No entanto, o cidadão já tinha facilitado a entrada irregular no país de mais de 20 cidadãos estrangeiros e já esteve envolvido em cinco processos criminais relacionados com furtos, diz o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

“O cidadão foi detetado a facilitar a entrada em território nacional de quatro cidadãos estrangeiros, dois homens e duas mulheres, com recurso a documentação fraudulenta, designadamente através do recurso a passaportes diplomáticos e de serviço falsificados da República Democrática de São Tomé e Príncipe e com recurso a uma história fictícia que consistiu em declarar na fronteira que vinham em missão de serviço, na qualidade de médicos, para participar numa conferência inexistente”, indica uma nota do SEF.

No decurso das diligências processuais penais, o SEF que se apurou a genuína identidade do facilitador, tendo sido apreendidos diversos objetos relacionados com a prática do ilícito, designadamente a documentação fraudulenta inicialmente apresentada e outra entretanto encontrada, equipamentos de telecomunicações topo de gama e provas de meios de pagamento.

“Foram, ainda, detetados fortes indícios de que o facilitador tem vindo a dedicar-se a este tipo de ilícito há pelo menos um ano, logrando facilitar a entrada irregular no país de mais de 20 cidadãos estrangeiros”, lê-se na mesma nota divulgada na segunda-feira.

A respeito do detido apurou-se, também, o envolvimento em, pelo menos, cinco processos crime relacionados com furtos em Portugal. Neste sentido, foi dado cumprimento a Mandado de Detenção que sobre si pendia relativamente a um destes processos.

Aos quatro cidadãos que tentaram ludibriar as autoridades de fronteira, foi recusada a entrada em território nacional por uso de documento falsificado, estando em curso as diligências processuais administrativas tendentes a afastá-los para os países de origem, assinalam os serviços migratórios.

O detido foi, entretanto, presente à autoridade judiciária competente para efeitos de primeiro interrogatório, tendo-lhe sido aplicada as medidas de coação de apresentações bissemanais, entrega de passaporte e proibição de se ausentar do país, segundo refere o comunicado. (MM)