Manuel Matola
A Comunidade ucraniana em Portugal agradeceu hoje “todo o apoio” e a “generosidade” que os portugueses têm demonstrado “aos ucranianos e à sua Pátria, a Ucrânia”, desde o início da invasão russa a 24 de fevereiro.
Numa mensagem endereçada ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ao primeiro-ministro português, António Costa, e ao presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, por ocasião do 10 de Junho, Dia de Camões e das Comunidades, o líder da Associação Ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, elogiou os portugueses pela “iniciativa de ajudar quem sofre”.
“No Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, queremos agradecer todo o apoio que tem sido dado aos Ucranianos e à sua Pátria, a Ucrânia. Mais uma vez, o Povo Portugues mostrou a sua generosidade”, diz Pavlo Sadokha.
Apontando as qualidades da sociedade portuguesa que se rege “por elevados Valores Humanos”, o líder da Associação de Ucranianos em Portugal considera que “o presente e o futuro dos Portugueses é construído com base na Paz e na Tolerância”.
“No entanto, sabem ser firmes ao não admitirem a violação dos Direitos Humanos noutros países. Tomam sempre a iniciativa de ajudar quem sofre”, afirma
Pavlo Sadokha lembrando que “os Ucranianos que chegam a Portugal ao conhecerem a Sua Historia e Cultura, em prol da Liberdade e Democracia, sentem-se privilegiados por estarem neste País.”
Por isso, diz Pavlo Sadokha: “Obrigado Portugueses!”.
O SEF atribuiu mais de 40 mil proteções temporárias a pessoas que fugiram da guerra na Ucrânia, onde a invasão causou a fuga de mais de oito milhões de pessoas, das quais mais de 6,6 milhões para fora do país, de acordo com os mais recentes dados da ONU.
Há dias, a Associação dos ucranianos em Portugal exortou ao presidente da Assembleia da República Portuguesa, Augusto Santos Silva, a desenvolver “diligências necessárias” para que o Estado português qualifique de genocídio os “diversos atos” praticados pela Rússia na Ucrânia desde 24 de fevereiro.
Assinalando que há países ocidentais que já tomaram uma posição no sentido de considerar de genocídio as diversas ações dos militares russos contra os civis na Ucrânia, o presidente da Associação dos ucranianos em Portugal, Pavlo Sadokha, lembra em nota hoje enviada ao jornal É@GORA que a 3 de março de 2017 o Parlamento português aprovou um voto de reconhecimento do Holodomor como um ato de genocídio do regime soviético contra o povo ucraniano. (MM)